Oi, pessoal,
Antes de relatar o que a maioria já sabe, quero, do fundo meu coração, agradecer TODAS, sem exceção, as manifestações de carinho. Até aquelas tentativas sem sucesso de falar conosco, tá?
Todas as palavras, abraços, olhares, pensamento, prece, orações, tudo mesmo foi recebido com muito carinho e de coração aberto.
MUITO OBRIGADA.
Então, para quem acompanhou a nossa gestação de perto ou lendo os meus relatos por aqui, sabe, com certeza, que, apesar de não ter sido uma gestação planejada, todas as nossas energias foram focadas para que tudo corresse perfeitamente bem.
Eu, particularmente, mergulhei de cabeça, vocês sabem.
Li relatos, matérias, participei de grupos de apoio, fui convidada a revisar uma revista sobre maternidade, tive acompanhamento nutricional, pratiquei esportes, viajei, planejei, me sobrecarreguei, ansiei e desejei muito, muito, muito a nossa pururuca.
Sim, eu conversava com ela e a chamava de pururuca.
Recebi muitas palavras de consolo e escolhi um trecho de um texto que recebi da Bichinho para colocar aqui.
"Nós tentamos, muitas
vezes, explicar o inexplicável, curar o incurável, esquecer o
inesquecível e mais uma porção de coisas que, no fundo, só
consomem o nosso tempo. Dor é dor e ela dói. É a frase estranha:
só acaba quando termina. A sacola só esvazia quando a gente tira
tudo de dentro."
Por isso estou aqui, gente, para esvaziar a sacola.
Ainda não tenho resposta para o que aconteceu e quero saber sim o motivo que ocasionou o aceleramento precoce das minhas contrações e a bolsa protusa. Isso não significa que eu quero saber o motivo que alguma divindade levou minha pequena ou por que a missão dela foi tão curta.
Quero saber causas científicas e certificar se há alguma explicação para isso, ok?
Quero saber causas científicas e certificar se há alguma explicação para isso, ok?
Gostaria de entender o que houve, se eu já tinha uma predisposição para
desenvolver essa patologia, se ela realmente desenvolveu ou se fui
enganada.
Acho que tenho esse direito.
Preparados?
Domingo 25/3, pela manhã, estava como uma
secreção amarelada indolor, seguida de mucos avermelhados. Achei q
fosse "normal" e segui minha vida normalmente.
Fomos, eu, Chu e a Laura, para a 6ª Saída Fotográfica da Laudiane Lira no Parque da Independência.
Participamos de sorteios, ganhamos brindes, conversamos com outras famílias, vimos muitas crianças, o piquenique estava ótimo, desenharam na minha Laurinha, enfim, tudo foi maravilhoso.
À tarde, quando estávamos na casa do tio Marco, tive outra secreção, e resolvi
ligar para o meu obstetra do pré-natal, Dr. Fábio Suzuki, que me auxiliou seguir
imediatamente para o Hospital Santa Joana.
Já no hospital, com exatas péssimas 4 horas de
atendimento, fiz um ultrassom obstétrico que detectou uma placenta prévia ou placenta baixa.
No procedimento normal do hospital, ligaram para o
obstetra do meu pré-natal e informaram tal situação. Ele, por sua
vez, determinou que eu ficasse de repouso e pediu para que eu fosse ao
consultório dele na terça-feira seguinte.
Feito. Como estava proibida de dirigir, o Chu
me acompanhou na consulta e o médico nos explicou como funcionava a
placenta baixa.
POR FAVOR, ANTES DE FALAR QUALQUER ASNEIRA, PESQUISEM O QUE É PLACENTA PRÉVIA E NÃO JULGUEM A MINHA VIDA ESPORTIVA OU MINHA ANSIEDADE DE RESOLVER AS COISAS.
MUITO OBRIGADA.
A recomendação foi a mesma: repouso, mas eu
poderia me levantar e lavar alguma loucinha, e que tomasse, a cada 8
horas, meio comprimido de INIBINA.
Li a bula do medicamento e me informei de que era para evitar um parto prematuro ou um aborto espontâneo. Pela primeira vez chorei
à beça na frente do médico porque me vi praticamente impossibilitada de realizar um
parto natural que tanto desejávamos, mas logo pensei:
– Relaxa, nega, o mais importante é a saúde da Laurinha.
Fomos para casa tentando entender o que estava
acontecendo.
Tentei fazer o máximo de repouso possível, mas
confesso que dentro de casa sozinha a maior parte do tempo é mais
complicado. Mas, me limitei ao máximo. Juro.
Na madrugada de sexta-feira, 30/3, estava sentindo cólicas,
parecidas com as menstruais mesmo.
Novamente tentei imaginar que fosse normal. Não me levantei.
Às
7 horas tomei o meio comprimido de INIBINA e fui ao banheiro
urinar.
Ao me limpar, observei sangue no papel e fiquei encucada.
Às 16 horas desse mesmo dia, decidi ir ao hospital sem ligar para o obstetra porque achei que ele me pediria justamente isso.
Como estava
sozinha em casa e não podia dirigir, chamei um táxi e fui a um no
hospital mais próximo de casa, no caso, o São Luiz do Itaim Bibi.
Fui superassistida desde o início, atendimento rápido e monitorado, mas não me pediram ultrassom, apenas acataram o que eu falei sobre a última consulta com o meu obstetra.
Procedimento ético: ligaram para o Dr. Fabio Suzuki e ele determinou que eu tomasse Buscopan na veia para aliviar as cólicas e continuasse a tomar INIBINA, só que dessa vez, um comprimido a cada 8 horas.
O problema foi que, depois verificar os batimentos cardíacos da Laurinha com o cardiotoque e certificar que estava tudo bem com ela – estava com camisola hospitalar sem calcinha, ao me levantar para ir ao banheiro, lavei, modo de dizer, o chão com sangue.
Fiquei assustada e chamei a enfermeira.
Na enfermagem, tentaram me convencer
de que tudo que estava acontecendo: cólica e sangramento eram normais da
patologia, ou seja, placenta prévia.
Troquei-me e fui tomar o Buscopan na veia.
Terminada a medicação, fui
ao banheiro umas três vezes para urinar e todas as vezes saiu sangue
com coálogo. E todas as vezes registrei com fotos e chamei as enfermeiras para relatar.
Eu estava achando muito estranho, principalmente porque ninguém tinha feito exame de toque ou um novo ultrassom e já iam me dar alta.
Fiquei apavorada e comecei a chorar muito na frente de todo mundo.
Detalhe: estava sozinha no hospital. Apenas o Chu e a minha querida amiga Michelle Rossetto estavam sabendo da minha ida, mas nenhum dos dois estavam sabendo o que eu estava passando sozinha.
Decidida. Não saí do hospital até que eles me informassem direito o que
estava acontecendo.
Foi então que, com mais de 5 tentativas
frustradas de ligar para o Dr. Fabio Suzuki, a GO plantonista do São
Luiz decidiu me internar.
Nesse momento liguei para o Chu para que ele viesse e assinasse a minha internação.
Ele chegou no hospital mais ou menos às
20h30 e só conseguimos ir para o quarto às 21h30.
Até que conseguimos falar com o Dr. Fabio e ele autorizou seguir as orientações do plantão sem nunca ter me visitado, e eu nunca mais ouvi falar dele.
Até que conseguimos falar com o Dr. Fabio e ele autorizou seguir as orientações do plantão sem nunca ter me visitado, e eu nunca mais ouvi falar dele.
Procedimento do plantão: tomar INIBINA na veia e Buscopan para aliviar as cólicas, mais repouso absoluto total. Urinar e defecar somente na comadre e banho no leito.
Pela manhã do dia seguinte, sábado 31/3, às 8 horas, fui
encaminhada para o departamento de Medicina Fetal onde realizamos
dois ultrassons: transvaginal e obstétrico.
Na sala do ultrassom, a médica me animou falando que
a Laura estava ótima, mas desconversou quando perguntei da placenta
prévia.
Após os resultados dos exames: PARA TUDO.
Novo
diagnóstico.
Não existia mais placenta prévia, dessa vez ela estava certinha, pensei:
Não existia mais placenta prévia, dessa vez ela estava certinha, pensei:
– Que alívio. Qual é o problema
então?
Lembra-se das cólicas?
Não eram cólicas, eram contrações e a minha bolsa estava protusa, quase para se romper com 24 semanas de gestação.
Correria danada para tentar reverter esse quadro.
Continuei o repouso absoluto mais a posição tremseiquelá, onde eu ficava com as pernas para cima e a cabeça para baixo. Mais INIBINA, mais Buscopan, mais antibióticos, mais corticoide.
Até que
estávamos otimistas, não sentia mais cólicas, contrações, e nem
sangrava tanto.
Fui bastante assistida pelo pessoal do hospital.
Fui bastante assistida pelo pessoal do hospital.
Monitoramento constante dos batimentos da bebê, da minha pressão, da temperatura do meu
corpo. Médicos, fisioterapeuta e enfermeiras obstétricas de plantão vinham sempre
falar comigo, me acompanhar, me orientar, além da visita do obstetra-chefe.
Meu pensamento estava positivo, sentia-me segura e bastante amparada.
Meu pensamento estava positivo, sentia-me segura e bastante amparada.
Domingo, 1/4, dia da mentira, acordei bem, liguei para a minha avó para relatar o que estava acontecendo e realmente estava tudo ótimo.
Até que às 11 horas, senti sangrar muito e chamei a enfermeira, que
chamou o GO de plantão, que fez exame de toque e que sentiu o pezinho da
Laura e que decidiu que ela ia nascer.
O Chu não passou a noite comigo porque teve que
passar a noite trabalhando.
Como
a decisão de ir para sala do parto foi tomada às pressas, liguei para
ele, que ainda estava trabalhando, dizendo que a Laura iria nascer.
Quem foi minha acompanhante nessa noite foi a minha
mãe.
Naquela correria, falaram que ela entraria na sala de parto comigo, mas isso não
aconteceu. Foi um corre-corre danado, mas mesmo assim estava otimista.
Perguntei durante a anestesia:
– Como
vai ser o parto?
Resposta:
– Normal.
Acreditei mesmo que ia dar certo,
não o parto humanizado dos meus sonhos, mas ia ser um parto
prematuro normal, se é que você me entende.
Vi o médico suar e o tempo passar, me deram ocitocina.
Observei que o corpinho já tinha saído, mas a cabecinha não saía de jeito nenhum.
Perguntei:
– Minha
bebê está bem?
E ela já estava morta.
Falaram que meu útero
contraiu bem na hora da passagem da cabeça.
Após a notícia do óbito, pudera, não consegui mais ficar tranquila, chorei muito e
me apagaram.
Um pouco sonolenta, perguntei se fizeram episiotomia.
Sim, ganhei um cortezinho.
Ainda na sala do parto sozinha e sonolenta, perguntaram se eu gostaria de ver o corpo gelado da minha princesinha, respondi que sim.
Quando a vi, claro, chorei
descontroladamente e me apagaram de novo.
Acordei em outro lugar com a minha mãe de um lado
e o Chu de outro.
Todos inconformados.
Nesse dia recebi algumas visitas muito importantes e fundamentais de pessoas muito especiais, mas a Laura não existia mais entre a gente.
Passei a noite somente com a minha mãe, o Chu foi para casa tentar dormir e pegar algumas coisas para o funeral da Laura.
Lembra?
Ele tinha virado a noite trabalhando, resolveu as burocracias para liberação do corpinho dela, isso totalmente lunático, sem condições físicas e psicológicas.
Não
preguei o olho a noite inteira pensado nela.
Hoje, mais ou menos às 7 horas, recebi as últimas medicações e um GO veio falar comigo.
Foi superpositivo e confortante.
Tive, evidentemente, alguns momentos de chororô na frente dele.
Tive, evidentemente, alguns momentos de chororô na frente dele.
Ele me perguntou se eu gostaria que uma psicóloga fosse falar comigo.
Achei que não era necessário.
Só disse:
– Estou bem, doutor, somente estou me adaptando ao fato que voltarei para casa e não sentirei a minha bebezinha fazer festa dentro de mim.
Mantive-me forte e fiz milhões perguntas a ele, foi até confortante, mas ele pediu para que eu marcasse uma consulta com o médico plantonista que fez o parto para entender melhor o que aconteceu.
Isso ainda vou fazer.
Quero saber:
– O que houve com a gente?
– Por que entrei em trabalho de
parto tão prematuramente?
– Qual é a explicação para essa
patologia?
– O que eu poderia ter feito? O que poderiam ter feito?
Muitas dúvidas, muita dor no meu coração.
Gente, quero saber e ponto final.
Recebi alta hoje do hospital às 9 horas da manhã.
Às 10h30 levamos o corpinho da Laura para o Crematório da Vila Alpina e ela foi velada por 15 minutos antes de ser levada.
Estavam lá: eu, Chu, minha mãe, tio Marco, Vó Bem, Luciana Gameiro, Michelle Rossetto e Rafael Gameiro.
A vocês que compartilharam dessa despedida final, MUITO OBRIGADA.
Abriram o caixãzinho para eu ver. Quis ver.
Gente, que menininha linda, tão cabeluda, tão perfeitinha num caixãozinho branco.
Ai... que tristeza.
Bem... estamos aqui em casa.
Eu e o Chu, sozinhos e bem.
A dor é imensa e ela dói porque tem que doer.
Mas, tudo ficará bem, tenho certeza.
De hoje em diante olharei para o céu diferente.
Sim, porque temos uma estrelinha que brilhará muito para sempre.
Um foco de luz só nosso.
Pense no privilégio, hein?!
Bom... para finalizar, segue uma frase reformulada que o Chu escreveu:
"Adaptar-se à sua ausência será tão difícil quanto foi nos adaptar à sua
existência. Mas a vida continua. Veio com muito amor e com muito amor cumpriu a sua missão. Tchau, filha."
– Vá com Deus, nosso anjinho.
Ah! Importante: recebi a visita da Bebé na casa da minha mãe hoje.
Ganhei muitos beijos carinhosos dela, tá?
Uma princesinha.
Vocês vão ver só, virarei Nazaré, roubarei todas as criancinhas.... rsrsr
Gente, sério, muitíssimo obrigada pela força.
Bjo. Bjo. Bjo.
Paz pra você amiga...para você e seu marido.
ResponderExcluirPaz no coração, é o que posso desejar...
Bj
Marcelo Rizzo
Muito obrigada, Marcelo. Recebemos seu carinho com o caração aberto. = )
ExcluirSem palavras não contive as emoções, tenho toda a certeza do mundo q esse anjinho olhará por vocês eternamente! Ana Parabéns pela coragem, força e determinação... emano nesse exato momento muita luz que Deus possa confortar o seu coração a cada dia... Fica bem!
ResponderExcluirMuito obrigada, Re. Tudo ficará bem.
ExcluirNossa,
ResponderExcluirANA, LAMENTAMOS MUITO ESTA PERDA. E creio que, no momento certo, Deus enviará outro anjinho para iluminar a vida de vcs aqui na terra, pois vcs já tem um especial iluminando-os no céu.
Fernanda André
Bjs
Oi, Fê... realmente não é fácil, mas só o tempo para acalmar nossos corações. A Laura foi muito amada, uma princesinha que agora é anjo. Obrigada pelo carinho, viu?
ExcluirBichinho, faça o que achar necessário, busque... você precisa disso e é certo mesmo. Essas explicações existem e devem ser dadas. Corro contigo até o fim do mundo atrás delas. Gostei de ver vc escrevendo, desde o começo seu blog foi seu caminho pro desabafo. Você fez o tão triste parecer mais suave. Fica com Deus e me liga se precisar. Bjo.
ResponderExcluirAmém, Bichinho. Tudo ficará bem. Pensamento positivo sempre. = )
ExcluirMinha amiga linda,
ResponderExcluirVocê me surpreende com tanta coragem, fé e força!!!
A missão da Laura foi muito curta, mas nada acontece por acaso. O tempo irá mostrar para vocês o porquê de tudo isso ter acontecido.
Amo vc, amiga!
Você sabe que poderá contar sempre comigo, não sabe?
Um beijo enorme.
Michelle
Amiga sempre presente. O amor que sinto por vc é enorme. Obrigada por tuuuuudo. Amo vc.
Excluirnooooosssaaa comooo e tristeeee...... mas seiii q laurinhaaa estaa bem olhandoo la de cima por nós..... Parabénsss irmããããã pelaaa Coragem ..... Forçaaaa e mtaaaa luuuuz estamooos com vc SEMPREEEE....... TE AMOOOOOO
ResponderExcluirNossaaaaaaaa q tristeza, Mas vamooo passaaa juntoooos lauraa estará lá em cimaa olhandoo por nós... Parabéns irmã pelaaa Coragem, Forçaaaa e Mta LUUUUUUUZ.... estamooos com vc SEMPRE TE AMOOOOO
ResponderExcluirSuperaremos tudo isso. Tudo ficará bem, Laura deve estar num lugar bem lindo. <3
ExcluirPrima querida! Difici escolher ou encontrar o que dizer nesta hora tão triste. Bem sabes que acabo de sofrer um luto tb e ainda choro a dor.
ResponderExcluirMinha irmã mais nova, a Ligia tb perdeu o primeiro bebê. Foi muito, muito dificil para família toda. Ela já casada, e foram passando meses e meses e nada de engravidar novamente. No dia do batizado da minha sobrinha, filha dela, o padre contou esta história pra igreja toda e lembrou de toda a angustia q ela sofreu e sofria e de quando ele disse a ela: Filha, espera em Deus e tenha fé!
Hoje, prestes a completar 2 aninhos a Maria Luiza é, sem dúvida, "um Mar de Luz" em nossas vidas!!!
Prima, espera em Deus e tenha fé!
Fique bem e em paz.
Amo vc!
bjo no coração
A Laurinha vai brilhar pra vc, de onde estiver, tenho certeza!
Oh prima querida... muito obrigada. Eu tenho fé sim. Amo vc tb. Bjo. <3
ExcluirAi Ana, quanto sofrimento, não tenho mais palavras...meu mundo está muito mais triste...mas pra seguir adiante não posso ser cética, tenho que confiar em Deus, pensar que tudo está como ele quer, esperar que ele traga logo novas alegrias pra voces, que te direcione para todas as explicações e que cuide muito bem da minha neta Laura, que eu sempre quis ter e tive apesar de nem ter podido conhecer neste mundo. Muitos bjs no coração de vcs. Cida Gameiro
ResponderExcluirAdorei conversar com vc no Skype hj, viu? Tudo dará certo. Fique tranquila e conclua seu objetivo, viu? Estamos bem aparados por aqui e vc logo mais estará pertinho da gente. Obrigada.
ExcluirAna, ao ler seu relato, me vi vivendo a minha história. A mesma placenta prévia, o mesmo chão banhado de sangue, o mesmo médico ausente, a mesma sensação do que "o que foi que eu fiz", "o que foi que aconteceu", por que ninguém percebeu...o mesmo exame cárdio, e está tudo bem..a mesma solidão na sala fria de parto, o mesmo momento de" vc quer ver sua filha?", as mesmas lágrimas, com a diferença de que vivi com ela ainda 27 dias numa UTI de hospital, entre a esperança de que ia dar certo e a visão dolorosa de que sua saúde não ia nada bem. E até hoje não sei o que aconteceu, depois de 20 anos pesquisando e indo atrás. Dizem que foi genético, tive que estudar para falar com médicos. Vá atrás, sim! É importante saber, casos malresovidos ficam entalados na garganta, travam a vida e icam dentro da sacola, por mais que vc queira ficar. Mas fica aqui minha palavra de esperança e que vc conhece muito bem: Ela se chama Marcelo..ele está com 20 anos, preenche nossa vidas com tudo de que eu preciso e acredito muito que foi um presente de Deus, dos céus e ele sabe (assim como toda a nossa família), que se olhar pra cima, sempre verá o céu diferente, pois temos um anjo chamado Lívia sempre olhando por nós. Sinta-se consolada, abraçada, confortada, sinta-se amada, sinta-se mãe, independente do tempo, da distância e do espaço. E se precisar, estou aqui, para o que vocês precisarem. Beijo grande e fique com Deus da sua Tia Lili
ResponderExcluirAninha, querida, sinto muito o ocorrido, mas se conforme e se convença de que Laurinha tinha uma missão relampago aqui na terra, e que ela agora está num grau mais elevado de espiritualidade, ajudando os irmaozinhos, trabalhando para um mundo melhor lá no olimpo.
ExcluirNo espiritismo, lemos que cada um tem uma missão distinta, uns mais, outros menos, mas sempre na medida certa.
Você e o Chu foram agraciados com a missão de ter por um pequeno espaço de tempo, a companhia de uma entidade muito especial, que com certeza vai ajudar a vocês entenderem melhor as coisas da vida. Laurinha querida, todos amamos você, seja onde estiver, por favor ore sempre por nós, obrigado.Ana, se precisar de mim, estou aqui, super beijo da Dona Cecília
Muito obrigada, Dona Cecília. Sabemos que podemos contar sempre com vc. <3 Tudo dará certo. Tenho fé.
ExcluirTia Lili querida, vc nunca me contou sobre a Livia. Que dor, né? Gostaria de conversar com vc mais sobre isso. Será q podemos? Obrigada por escrever, por contar a sua história, por compartilhar comigo sua dor. Sinto-me amada, consolada, abraçada, confortada e mãe. Muito obrigada.
ExcluirMinha linda, não existem palavras que possam ser ditas em um momento tão doloroso. Peço a Deus que conforte seu coração e o coração de seu marido. E tenha certeza, sua princesinha linda não está nesse mesmo plano (terreno) com você, mais ela está mais viva do que nunca, só que em um plano melhor do que o nosso. Com certeza ela estará sempre do seu lado. E ela é uma estrelinha linda brilhando no céu, iluminando o caminho do papai e da mamãe dela. Beijos com muito carinho em seu coração.
ResponderExcluirLuciana R Torres
Obrigada, Lu.
ExcluirAninha querida,
ResponderExcluiradmiro muito a sua força e coragem ao enfrentar esse momento tão difícil. Não existe remédio para esse sofrimento. Somente o tempo irá amenizar a dor e acalmar seu coração. Mas não deixe que a tristeza te invada, esforce-se para sorrir e tenha fé e paciência para seguir em frente. Bons acontecimentos com certeza virão e se você estiver de cabeça baixa, não terá como vê-los... E não se esqueça que você tem amigos e, pode e deve contar com eles. Um beijo grande, se precisar, estou aqui.
Sandra Tami
Oh... Sandrinha, muito obrigada. Tudo ficará bem. <3
ExcluirAna,
ResponderExcluirSou mãe do Marcelo Badan, seu amigo. E, foi ele quem me contou sobre sua nenê e indicou seu blog. Li seu relato com cuidado, emoção imaginando o que você e seu marido passaram durante a gravidez, os sonhos, as esperanças e depois a partida inesperada.
Não sei como eu me comportaria, pois acho que só quem passou por isso sabe avaliar.
Mas, existem coisas que nos acontecem que parecem inexplicáveis... doem muito e queremos os porquês para elas.
Por que a Laurinha... Por que eu... Como seria... Eu queria...
Talvez ou certamente sua menina precisasse desse tempo com vocês para que pudesse crescer... Mas, fica a pergunta: não cresceria mais se tivesse ficado??? Pois é, dona moça, da vida a gente sabe pouco, entende menos ainda...
Sua menina foi amada, acarinhada, recebeu tanta energia boa que deve estar querendo um dia voltar para o lado de vocês... De vocês ela levou tudo isso, Ana e seguirá sua evolução com isso tudo acrescido.
Sei que você pode pensar: é fácil falar, mas vivenciar é difícil! Sim, acredito muito nisso mas, o que quero deixar para você é uma palavra de esperança: sua criança foi, é e será feliz porque esteve ao seu lado - o tempo pareceu pequeno mas, para a espiritualidade o tempo é outro - nós nem imaginamos como deve ser.
Um beijo no seu coração, Ana, e que papai do céu cuide de você, de seu marido e da sua estrelinha. (Quem sabe um dia a gente possa se encontrar...)
Mima Badan
Obrigada, Mima. O Badan trabalhou comigo anos atrás e há muito tempo perdemos o contato. Ficava feliz todas as vezes em que ele curtia no Facebook os meus posts sobre a minha gravidez. Uma pena ter acontecido tudo isso, mas tenho certeza que tudo ficará bem. Já estou pesquisando algumas coisas para saber o que aconteceu. Como disse no blog, quero saber causas científicas apenas. Laura é meu amor, meu anjo, minha menina e sempre será. Muito obrigada por ler e escrever. = )
ExcluirFaz tanto tempo que não nos falamos, né? Mas seu sorriso lindo nunca se apagou da minha memória... Foi muito triste saber dos ultimos acontecimentos... Chorei contigo, à distância. Mas tenho a certeza de que Deus não desampara ninguém. Tenha fé e aos poucos, com o passar do tempo, esta dor diminuirá... Fica em paz, fica com Deus...
ResponderExcluirAndrea Pereira
Dra. Flaminguetty / Canto Cidadão
Oi, tia, muito obrigada pela sua mensagem. Sinto saudade de vc. Vc ainda está atuando? Hj mandei um e-mail para o Canto, me ligaram, superfofos. Estou bem, viu?! Um dia após o outro. Estamos conformados, não há o que se fazer, né? Como disse, quero saber causas científicas e estou correndo atrás disso, mas preciso esperar o puérpero. Vou contar como está sendo tudo, quero que o blog seja informativo também. Vê se aparece no MSN pra gente conversar. Adoro vc. Bjo.
ExcluirOlá querida!! Que bom saber que vcs estão bem, superando... A vida certamente trará momentos incrivelmente felizes pra vcs!!!
ExcluirNão tenho atuado (infelizmente), mas tenho planos de voltar este ano! E vc? Tem atuado?? Saudades do tempo do nosso curso, dos nossos encontros, das nossas risadas... Te cuida! Beijos
Nossa Ana....tô com os olhos marejados de ler seu relato. Nem consigo imaginar a dor de vocês e o quanto esse momento está sendo difícil. Então só tenho a dizer que vou continuar rezando muito por vocês, para que Deus dê forças para que vocês possam superar tudo e seguir em frente. A saudade é eterna, mas com o tempo fica mais fácil de suportar. E a Laurinha com certeza é um anjinho lindo e cabeludo, brincando lá no céu pertinho do Pai. Beijos e se precisar, estou aqui!
ResponderExcluirOi, minha linda, olha... encaramos tudo o que aconteceu como uma fatalidade. Fizemos tudo direitinho para q tudo desse certo, mas isso q aconteceu serviu para aprendermos q não temos 100% de controle sobre as coisas. Infelizmente. A saudade do q poderia ter sido e não foi acho q ficará para sempre dentro dos nossos corações, mas não podemos viver em função disso, né?! Então... bola frente. Tudo dará certo. Obrigada por escrever. Bjo.
ExcluirAna Banana, querida sinto muito por tudo, mas tenho plena certeza que você irá superar esta dor que talvez só Deus e seu travesseiro saibam o quanto doi... mas tudo ficará bem.
ResponderExcluirum beijao e que Deus te proteja sempre. Juliana Casalecchi
Oi, minha querida Juju, obrigada pelo carinho. É... esse travesseiro ficou molhado nos últimos dias... rsrsr Quase pegou um resfriado. Êta! Sim, tudo ficará bem, não há dúvida. Dias melhores pra sempre. = )
ExcluirCuca querida, sinto muito.... Não há muito o que dizer.... Assim como você, não entendo que ocorreu... Queria te dar um abraço... Grande Bj da amiga 105S. Otavia
ResponderExcluirOi, Cuca, passei um período sem acessar o blog e somente agora escrevo para vc, ok? Desculpa-me. Agradeço, sobretudo, vc ter dedicado um tempinho carinho conosco, viu? =)
ExcluirOiii embora não te coonheço minha dor é igual a suaa,tinha uma gravidez completamente normal,ate o feriado do dia 2/11,no dia 1/11 eu e meu marido arrumamos as malas para ir pra praia...fui ao banheiro fazer xixi e ao me secar uma segrçao amarela com rajadiinhas de sangue apareceu,foi quando fui ao medico para saber se estava td beem,ate ai não sabia nem se era menina ou menino...
ResponderExcluirfiquei internada por dois dias pois minha bolsa estava protusa e eu ja estava com 3 dedos de dilataçao...choreei mtoo pois ainda iria completar 6 meses o que seria doo meeu bebê ainda tao pequeninho?!
2 dias internadas e não sentia mais nadaa,recebi alta e fui pra casa(repolso absoluto,ate o banho tinha q ser sentada)
na madrugada do dia 3/11ja não dormia de colicas...as 9 hrs da manha do dia 4/11 fui ao medico e la ele me diisse q eu não iria mais para casa pois minha boolsa ja estava roompidaaa e eu estava com 5 dedos de dilatação e o bebê queria sair....minha famiilia estav lá tds super preocupados pois esse bebê era muito desejado...fiquei coom dor uma 10 hrs foi quando trocou o plantão e o medico resolveu me mandar pra sala de cirurgiaa as 20:10 nasceu meu bebê,era uma linda meninaa,quando a viii fiquei mto feliz e confiante pois ela era perfeita estava de olinhos abertos e se mexiaaa,minha mãe estava lá pra me fortalecer,pois meu marido não estava em condiçoes de ver o parto...
enfim minha bebê passou exatamente 65 hrs vivas,foram as melhores horas da minha viida e infelismente o remedio q deram para fortalecer o pulmãozinho,ela não resistiu e se foi...
no dia 7/11 as 13:10 minha pequena Luiza se fooi!
e alii meeu mundo desaboou,pois ela era e sempre sera minha grande razão de ser feliz....eu tbm espero respostas,pois essa dor não desejo nem ao meu pior inimigooo...
um Super Beeijo e forçaaa!
Leila Romanini Diniz
Querida Leila, não sei nem o q te dizer. Realmente é uma dor imensa, mas tenha fé, cuide da sua cabeça e do seu coração. Acredite, tudo ficará bem. Vc já sabe as causas da prematuridade? Publiquei um post hoje sobre IIC, dê uma olhadinha. Há no Facebook um grupo chamado CERCLAGEM. Sobretudo, dê um tempo para vc, tente ficar tranquila, faça algo para encher novamente o seu coração de alegria. Veja cores nas coisas e nas pessoas. Fique bem. Se precisar de ajuda, estarei por aqui, ok? Bjo.
ExcluirOla. Ao ler o seu depoimento, me emocionei. Neste exato momento estouno hospital, de repouso com bolsa protusa e estou de 22 semanas. Estou desde sabado na batalha.... cada dia eh uma vitoria.
ResponderExcluirTentandoo me manter calma, nao chorar e ter pensamento positivo.
Tudo q escreveu estou passando.... bj
Oi, qual é o seu nome? Espero q vc encontre sua paz e sabedoria e q esteja assistida por bons profissionais. Sabe, foi comprovado a pouco tempo q sou portadora de Insuficiência Istmo Cervical. Há explicação pela perda da minha bebê. Se te interessar, pesquise sobre essa patologia. Mas, se puder, procure focar suas energias na sua recuperação. Há casos que as mamães conseguem segurar um pouco mais de tempo, o q não foi o meu caso. Boa sorte. Boas energias. Boa recuperação. Tomare q dê tudo certo.
Excluir